O regulamento favorecia os mestres e também, pelo menos em princípio, a clientela, visando uma produção qualitativa. Violar a qualidade era trair tanto o ofício como o cliente. É este o motivo por que os artigos fabricados com desprezo pelas regras eram declarados falsos, tal como a moeda falsa, sendo os infractores quase igualmente perseguidos. Existia um ideal de fabrico, que as regras do ofício protegiam. O culto da «obra bela», da «obra-prima» - aliás tardio -, apesar de não ocultar as facetas menos desagradáveis da realidade, mostra que pelo menos que o factor trabalho era um factor de civilização cristã e não apenas um factor de produção.
Guy Fourquin, História Económica do Ocidente Medieval
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