Não bastava já que o actual governo português houvesse enveredado pela aplicação de uma política económico-financeira profundamente injusta e imoral, de puro pendor utilitarista, que esmaga os mais pobres e depaupera a classe média, enquanto permite que o grande capital plutocrático e as clientelas político-partidárias continuem a depredar em proveito próprio pessoal privado a coisa pública. Agora, tornou-se público e notório que o principal dos dois partidos políticos que compõem a coligação governamental - o PSD - pouco mais é correntemente do que uma plataforma visível da actuação de um projecto maçónico em Portugal, e que a coligação governamental no seu todo - PSD e CDS/PP - pretende prosseguir e aprofundar a revolução cultural anticristã encetada pelos governos socialistas de José Sócrates, conforme o comprova a atitude assumida por aqueles partidos a propósito da questão das chamadas “barrigas de aluguer” mas não só (ver I, II, III e IV).
Esta deriva anticristã das direcções do PSD e do CDS/PP, contrária ao sentir empírico da maioria da base eleitoral destes partidos (a qual compõe em sentido lato aquilo que se convencionou chamar de “direita sociológica”), só é possível na medida em que aquelas direcções supõem cativo em seu benefício exclusivo o voto desta base eleitoral, voto que em parte nada despicienda é um voto de católicos.
Como se chegou a este estado de coisas?
No que concerne ao voto dos católicos, são duas as razões principais:
1ª) A inércia do eleitorado em questão, que continua, mais por reflexo do que por convicção, a votar nos partidos em que sempre votou, da mesma forma que alguém é adepto clubístico do Benfica ou do Sporting porque sempre o foi e independentemente da prestação desportiva concreta destes clubes em cada momento. Porém, um partido político não é um clube desportivo, sendo assim tal atitude própria de pessoas pouco esclarecidas e desconhecedoras do magistério da Igreja, as quais são legião em Portugal. Efectivamente, um eleitor católico não pode apoiar partidos políticos onde imperam em posições de relevo pessoas como Passos Coelho, Paulo Portas, Carlos Abreu Amorim ou Teresa Caeiro, que de forma mais ou menos declarada são favoráveis ao aborto ou ao emparelhamento de homossexuais, porquanto estas posturas contrariam princípios fundamentais - inegociáveis - da doutrina católica.
2ª) À inércia do eleitorado leigo soma-se a inércia do episcopado, que será a principal responsável pela subsistência deste estado de coisas deplorável.
Na verdade, o episcopado português jamais sublinhou com a veemência necessária, sobretudo durante os períodos eleitorais mais recentes, a questão dos princípios inegociáveis; por seu turno, a “Nota doutrinal sobre algumas questões relativas ao empenhamento e ao comportamento dos católicos na vida política”, da autoria da Congregação para a Doutrina da Fé, presidida pelo então Cardeal Ratzinger, e aprovada pelo Papa João Paulo II, tem sido sistematicamente desconsiderada em Portugal, como de resto muitos outros documentos provenientes de Roma…
Deste modo, o desconhecimento do magistério por uns e a indiferença ao mesmo por outros criaram nas direcções partidárias do PSD e do CDS/PP a ilusão de que o voto católico é um voto fácil e assegurado, um voto cativo e pouco exigente que não reage aos enxovalhos que lhe são feitos e que pode ser preterido em benefício dos fautores da revolução cultural.
Ora, não se admite que esta situação subsista por mais tempo: o episcopado, restante clero e os leigos conscientes desta factualidade têm o grave dever de recordar publicamente que um católico não pode continuar a apoiar com o seu voto partidos políticos que na sua acção contrariam princípios inegociáveis da doutrina católica, e que tal apoio constitui objectivamente uma falta moral séria e, no limite, um pecado mortal; por sua vez, aos partidos políticos que persistam em enveredar pelos caminhos ínvios em apreço, há que lhes fazer sentir que a insistência nessas posições lhes trará as indesejadas mas implacáveis e inapeláveis sanções eleitorais.
O eleitorado católico é um gigante adormecido que tem de acordar definitivamente e fazer-se respeitar! Já chega de os interesses anticristãos em Portugal, representados por clubes de influência com poucos milhares de membros no máximo, continuarem a fazer com total impunidade a chuva e o bom tempo na vida política nacional, ao mesmo tempo que remetem os católicos - muitíssimos mais dos que aqueles em qualquer caso - para uma cidadania de segunda classe! E para que tal suceda, urge libertar o voto católico do cativeiro em que se encontra!
Esta deriva anticristã das direcções do PSD e do CDS/PP, contrária ao sentir empírico da maioria da base eleitoral destes partidos (a qual compõe em sentido lato aquilo que se convencionou chamar de “direita sociológica”), só é possível na medida em que aquelas direcções supõem cativo em seu benefício exclusivo o voto desta base eleitoral, voto que em parte nada despicienda é um voto de católicos.
Como se chegou a este estado de coisas?
No que concerne ao voto dos católicos, são duas as razões principais:
1ª) A inércia do eleitorado em questão, que continua, mais por reflexo do que por convicção, a votar nos partidos em que sempre votou, da mesma forma que alguém é adepto clubístico do Benfica ou do Sporting porque sempre o foi e independentemente da prestação desportiva concreta destes clubes em cada momento. Porém, um partido político não é um clube desportivo, sendo assim tal atitude própria de pessoas pouco esclarecidas e desconhecedoras do magistério da Igreja, as quais são legião em Portugal. Efectivamente, um eleitor católico não pode apoiar partidos políticos onde imperam em posições de relevo pessoas como Passos Coelho, Paulo Portas, Carlos Abreu Amorim ou Teresa Caeiro, que de forma mais ou menos declarada são favoráveis ao aborto ou ao emparelhamento de homossexuais, porquanto estas posturas contrariam princípios fundamentais - inegociáveis - da doutrina católica.
2ª) À inércia do eleitorado leigo soma-se a inércia do episcopado, que será a principal responsável pela subsistência deste estado de coisas deplorável.
Na verdade, o episcopado português jamais sublinhou com a veemência necessária, sobretudo durante os períodos eleitorais mais recentes, a questão dos princípios inegociáveis; por seu turno, a “Nota doutrinal sobre algumas questões relativas ao empenhamento e ao comportamento dos católicos na vida política”, da autoria da Congregação para a Doutrina da Fé, presidida pelo então Cardeal Ratzinger, e aprovada pelo Papa João Paulo II, tem sido sistematicamente desconsiderada em Portugal, como de resto muitos outros documentos provenientes de Roma…
Deste modo, o desconhecimento do magistério por uns e a indiferença ao mesmo por outros criaram nas direcções partidárias do PSD e do CDS/PP a ilusão de que o voto católico é um voto fácil e assegurado, um voto cativo e pouco exigente que não reage aos enxovalhos que lhe são feitos e que pode ser preterido em benefício dos fautores da revolução cultural.
Ora, não se admite que esta situação subsista por mais tempo: o episcopado, restante clero e os leigos conscientes desta factualidade têm o grave dever de recordar publicamente que um católico não pode continuar a apoiar com o seu voto partidos políticos que na sua acção contrariam princípios inegociáveis da doutrina católica, e que tal apoio constitui objectivamente uma falta moral séria e, no limite, um pecado mortal; por sua vez, aos partidos políticos que persistam em enveredar pelos caminhos ínvios em apreço, há que lhes fazer sentir que a insistência nessas posições lhes trará as indesejadas mas implacáveis e inapeláveis sanções eleitorais.
O eleitorado católico é um gigante adormecido que tem de acordar definitivamente e fazer-se respeitar! Já chega de os interesses anticristãos em Portugal, representados por clubes de influência com poucos milhares de membros no máximo, continuarem a fazer com total impunidade a chuva e o bom tempo na vida política nacional, ao mesmo tempo que remetem os católicos - muitíssimos mais dos que aqueles em qualquer caso - para uma cidadania de segunda classe! E para que tal suceda, urge libertar o voto católico do cativeiro em que se encontra!