19 de fevereiro de 2012

Sobre as Palavras do Cardeal

aconselha-se a leitura do blogue Crónicas de uma peregrinação

"Por que deve ser a mãe a ficar em casa e não o pai?"
Para qualquer um que não se vergue à teoria (nunca comprovada) da igualdade de género, é óbvio que um bom pai jamais substitui uma boa mãe.

O que está, isso sim, comprovado, é que o vínculo materno é algo essencial para o bem-estar psicológico da criança de uma forma que mais nenhum vínculo (incluindo o paterno) consegue fazer. Remeto-vos para os estudos do Dr. Bowlby. Isto porque, enquanto o vínculo paterno é construído ao longo da vida da criança mediante um sentido de honra e responsabilidade (a afectividade tem de ser construída), o vínculo materno é estabelecido imediatamente após o parto com um pico hormonal (nomeadamente de occitocina) e é reforçado nos primeiros dias pós-parto com a experiência da amamentação. A partir daqui, a mãe será sempre insubstituível na criação e educação da criança.

Disclaimer: Não estou a dizer que o pai não tem um papel na criação e educação da criança. Limito-me a dizer que o seu papel é diferente e não é transacionável com o papel materno.

22 comentários:

  1. Bowlby falou da vinculação precoce. O que os estudos de Bowlby evidenciaram é que as crianças precisam de uma ligação parental significativa,e que estão etologicamente programadas para o apego como condição de sobrevivência.
    Mas este apego pode perfeitamente ser com uma figura que não a mãe biológica, pode ser com uma figura d ereferãncia emocionalmente significativa, como demonstraram posteriores experiências. E nada na teoria do apego/vinculação dtermina em definitivo que a figura do apego, a figura significativa tem de ser uma figura feminina. De resto, Bwolby considera que as primeiras respostas do bebé revelam que presta atenção todos os padrões e contornos que se assemelham a um ser humano... AS figuras de apego, podem variar consoante o contexto...
    Além disso a teoria de Bowlby baseia-se antes demais no comportamento animal.

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  3. Respondi ao comentário da Bluesmile no meu post. Não vou repostar aqui o que escrevi. Quem quiser seguir o debate pode fazê-lo no link do post ou neste aqui:

    http://cronicasdeumaperegrinacao.blogspot.com/2012/02/o-obscurantismo-do-cardeal-vs-o.html

    Pax Christi

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  4. Bluesmile, como disse o Alma peregrina, a resposta ao seu comentário já está publicado. Aconselho a leitura do mesmo.

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  5. O modelo de Bowllby tem a sua raiz em estudos etológicos (comportamentos animais Fêmeas e crias), replicados depois para o comportamento humano. O que pode constituír à partida um certo bias.
    Pois embora haja eventualmente uma base genética e biológica para os processos de apego e vinculação, os seres humanos apresentam especificidades e uma grande plasticidade nestes processos, não estando condicionados por determinismos biológicos (poderíamos falar aqui no instinto e no imprinting)… Isso é um dado adquirido pela ciência actual…
    Repare: uma coisa é reflectir sobre a teoria do apego/vinculação, que, como todas as teorias , tem as suas vantagens e limitações. Outra coisa qualitativamente diferente é quando se usa a teoria de vinculação e do apego de Bowlby para justificar que as mulheres sejam afastadas do mercado de trabalho para ficar em casa a cuidar de crianças. Isso não é ciência, mas ideologia e uma certa visão política da organização social
    A mesma coisa quando se fala em “picos de ocitocina” relacionando-a como a “hormona da vinculação”, para justificar que só as mulheres têm possibilidade biológica de desenvolver este apego… ( o que justificaria ficarem em casa a cuidar das crias em vez de trabalharem).
    Mais uma vez, há aqui um salto qualitativo que distorce completamente a a argumentação, usando uma justificação pseudocientífica - (de matriz bioquímica)- para defender uma determinada ideologia. Ideologia de género... Omitindo, claro, que a ocitocina também é produzida por homens e pelos pais em processos de vinculação parental… E mais a fascinante ainda, que os pais, embora sem útero, têm picos de ocitocina durante o parto das mulheres, durante a amamentação e quando estabelecem contactos com as crianças...

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  6. isso só vem reforçar, então, o ponto de vista do Alma Peregrina.

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  7. Se assim fosse, a pobre alma não reagiria tão agressivamente...;)

    Tratou-se de um argumentário ideológico e pseudocientífico para justificar o afastamento das mulheres do mundo laboral.
    Ou seja, não é sensato, nem cientificamente correcto, e colide com a doutrina da Igreja(já agora), dizer que a função das mulheres é a reprodução e os cuidados ás crias humanas, e que há um determinismo biológico para isso e que por isso devem ser afastadas do mundo do trabalho.

    Coisa substancialmente diferente é defender que a legislação laboral deve apoiar as famílias - pais e mães na sua parentalidade, pois isso é uma importante função social.E é isto que deve ser dito alto e bom som, num momento de profunda crise económica. Pai e mãe deveriam poder escolher trabalhar a tempo parcial, em vários momentos, consoante as escolhas do casal e as necessidades da família.

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  8. BLUESMILE, ninguém propôs excluir a mulher do local de trabalho. Que tanto um homem como a mulher assumem papeis diferentes dentro do casal, e na criação das crianças, é uma assumpção tomada pelo própria Igreja. Além de que me parece que a palavra que usa para descrever a teoria do Alma Peregrina - pseudo-ciência - é desproporcional, uma vez que a única diferença entre a sua tomada de posição e a dele é a interpretação de uma investigação científica. A sua em nada invalida a dele - o ponto que o Alma Peregrina quis provar era o que há um laço entre a mãe e o recém nascido que não é meramente afectiva, chega a ser hormonal. O facto de o homem também passar por uma reacção dessas não invalida o argumento do Alma - o que ele quis reforçar foi um aspecto da desejada união entre mulher e criança. O próprio Chesterton defendeu que a liberdade da mulher consistia em não ser um exército auxiliar do capitalismo - hoje em dia, é o que o trabalho feminino tem vindo a fazer da mulher, despindo-a do seu papel maternal.

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  9. Repare que o título do post é: "Por que deve ser a mãe a ficar em casa e não o pai?"
    A seguir equaciona-se um conjunto de "argumentação pseudocientífica", ainda por cima mal estruturada, para justificar que, quando há uma criança as mulheres devem abandonar o mercado de trabalho.
    Até porque, se há um laço entre a mãe e o recém nascido, como afirma, "que não é meramente afectiva, chega a ser hormonal"( o que é a mesma coisa), o mesmo se passa com o laço entre o pai e o recém-nascido, que não é meramente afectivo e chega a ser hormonal.
    http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-7687.2010.01021.x/abstract
    Utilizar a teoria do apego e os níveis de ocitocina para justificar que as mulheres não devem trabalhar a tempo inteiro é pura ideologia de género! Passa-se de uma "justificação" biológica, animal, puramente etológica, para justificar uma determinada forma de organização social.
    Quando diz que o "trabalho feminino" despe a mulher do ser "papel maternal", isso não é uma verdade, muito menos uma afirmação científica - é pura ideologia de género! Pois em boa verdade, o trabalho masculino ( sobretudo com a intensidade exigida pelo sistema capitalista actual altamente competitivo) também despe o homem do seu "papel maternal/parental". O que está aqui em causa não pode ser a exclusão do acesso da mulher ao mundo do trabalho - uma faceta libertária que deu ás mulheres autonomia e liberdade - para que possam viver a maternidade.
    O que está em causa é a forma como o trabalho é organizado nas sociedades capitalistas ( usando a linguagem de Cherteston), fazendo com que os homens participem activamente na vivência da parentalidade e da criação dos filhos, lado a lado com as mulheres, em paridade e liberdade!

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  10. Caro Manuel Rezende:

    Como pode ver, esta senhora não está minimamente interessada em debater. Tudo o que você lhe disser será imediatamente catalogado como "Pseudo-Ciência", enquanto tudo o que ela lhe disser será automaticamente "Ciência". Eu conheço o género, por isso resolvi cortar o mal pela raíz, para que nenhum dos envolvidos perca muito tempo.

    Repare que o meu blog continua aberto para que ela comente livremente, desde que ponha de lado os epítetos ofensivos. Mas ela não o desejou, como se pode ver precisamente aqui, onde continua a bater na mesma tecla indefinidamente.

    Depois eu é que reagi de forma agressiva. É, de facto, risível.

    A razão é óbvia: ao insultar ela sabe que irá ser censurada e assim não terá de debater com alguém que ela compreendeu que também percebe do assunto e domina as matérias.

    Em vez de ter a coragem de vir debater comigo com uma atitude respeitosa, muda de blog, onde sabe que encontrará menos resistência.

    Vede como a argumentação dela continua a ser que o homem possui occitocina. Coisa que eu nunca neguei. Mas comparar a occitocina do pai com o pico de occitocina da mãe no pós-parto é, de facto, inqualificável. É como comparar uma formiga com um elefante. Tal como desprezar toda a bibliografia extensíssima sobre a vinculação materno-infantil, a sua relação com o pós-parto e a amamentação, para estabelecer uma putativa equivalência com a paterno-infantil, equivalência essa nunca comprovada cientificamente. Mas enfim, são descobertas científicas que não lhe convêm, e que logo, são "pseudo-científicas".

    Como tal, não voltarei a comentar mais sobre este assunto com esta senhora, até que ela demonstre a civilidade mínima que um debate exige de parte a parte. Não se trata de agressividade, trata-se de reservar para mim o direito de não tornar o meu próprio blog num púlpito para pessoas de certa índole virem insultar-me. Penso que é legítimo.

    Ela que entenda esta minha atitude como bem entender (aliás, é previsível a forma como ela a vai deturpar...)

    No entanto, quero dar-lhe a ressalva a si, Manuel Rezende, se tiver alguma questão adicional sobre este assunto, terei todo o gosto em esclarecê-lo e em fornecer-lhe a bibliografia apropriada. E, se me permite um conselho, não dê muita atenção a pessoas que debatem assim, porque o mais provável é chegar ao 100º comentário e ela continuar a dizer: "ahahah pseudo-ciência". Deixe-a ficar com a bicicleta e reze uma Avé Maria por ela, que faz melhor.

    A todos, um bom dia.

    Pax Christi

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  11. Provavelmente diria, se vivesse nos dias de hoje, ena senda da sua ideia de família enquanto comunhão de amor...
    O pensamento de família patriarcal pequeno burguesa dos fins do século XIX ( pai provedor, mãe procriadora e cuidadora das crias) nada tem a ver com a família cristã .Mas è natural que este modelo de ideologia de género influenciasse Chesterton, nos seus sistemas de crenças espelhados em alguns dos seus textos.
    O que nos permite compreender algumas tomadas de posição que hoje nos fazem rir até ás lágrimas de tão cómicas - como a ideia de que as mulheres não deveriam ter direito ao voto - porque o direito ao voto era uma "desnaturalização” da mulher! Hoje parece-nos ridículo que alguém possa questionar o direito das mulheres ao voto e à participação cívica – mas trata-se de uma conquista civilizacional recente, conquistada a pulso, que Chesterton questionava…
    No entanto Chesterton não era apenas um intelectual, era um poeta , e, se ainda respirava esta ideologia novecentista, de vez quando vislumbrava a visão do futuro.
    Porque se, como escreveu, a família é uma comunhão de amor, é porque radica na paridade dos cônjuges. Se há comunhão, há paridade.
    E, se há paridade, os homens devem poder viver com plenitude a esfera privada da parentalidade e as mulheres devem poder viver com plenitude a esfera pública, como cidadãs de pleno direito …
    O que implica que os homens devam participar activamente na vivência da parentalidade e da criação dos filhos ( com quem aliás criam um vínculo emocional ainda antes do nascimento), lado a lado com as mulheres, em paridade e liberdade….
    Pois não há dúvida que o machismo não é o maior inimigo das mulheres – é o maior inimigo dos homens, da sua liberdade e dignidade.
    E Chesterton prezava os valores da liberdade e dadignidade humana.

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  12. Não tem nada a ver com visões antagónicas vs. visões radicais. Chesterton desprezava o sufragismo feminino tal como via com maus olhos o sufragismo individualista da modernidade. Para ele, a dignidade humana não se encontrava no indivíduo isolado perante o Estado, mas no indivíduo inserido no núcleo comunitário e familiar. Daí sim, ele ter toda a razão quando acha ridícula a luta pelo voto das mulheres. Tudo aquilo que as mulheres conseguiram com isso foi o direito de se tornarem uma estatística irrelevante nas sondagens de voto. Conquista magnífica para alguns - para a doutrina cristã, coisa menor. Esse igualitarismo é que é, verdadeiramente, o inimigo da dignidade humana e não o machismo. Já agora, preconizar diferentes papéis para o homem e a mulher dentro do casal não é machismo. Isso implicaria considerar o papel da mulher inferior, coisa que ninguém dentro da Igreja faz. "Diferente" não implica "melhor"
    Nada na paridade implica igualitarismo. A paridade implica, exactamente, uma Unidade - que implica heterogeneidade no cumprir das funções - em vez da homogeneidade própria do ideal progressista das esquerdas europeias. A comunhão do casal cristão está, precisamente, na aceitação das suas diferenças e não na sua erradicação.

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  14. Sim, os escritos de Chesterton contra o direito ao voto das mulheres são um exemplo hilariante sobre a fragilidade da ideologia de género novecentista ( que ele partilhava) que coloca a "feminilidade" na senda do "naturalismo" considerado como determinismo biológico, e na mais básica animalidade procriadora. Daí o discurso ideológico público versus privado, masculino versus feminino, etc... ( Tem piada como as conversetas sobre ocitocina, bem lá no fundo, tentam justificar estes arquétipos ...).
    Os escritos de Chesterton sobre o etam do voto das mulheres, por oposição à evolução social do último século, demonstram bem quanto a diferenciação de papéis de género, é predominantemente cultural e historicamente situada...
    Chesterton publicou coisas brilhantes e enternecedoras, mas algumas tonterias pelo meio, como esta.
    No entanto, ao afirmar que a família é uma plena comunhão de amor,Chesterton estava a intuir uma radical igualdade entre duas pessoas que se amam. Quanto ás funções e papeis dentro da díade conjugal, são heterogéneos e variáveis consoante o contexto histórico e a cultura.

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  15. Cara Bluesmile:

    Convido-a a ler este meu post

    http://cronicasdeumaperegrinacao.blogspot.com/2012/02/uma-humilde-confissao-uma-penitencia.html

    Pax Christi

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  16. Caro Manuel,

    Demuestra Vd. ser un hombre de una paciencia notable, a imitación del Santo Job, con Bluesmile. Le confieso que Miles y un servidor ya la perdimos con esta señora (o señorita) y decidimos invitarla a publicar en el propio pozo séptico que ella tiene por bitácora o donde quiera que le admitieran su estiércol, que no era en nuestro blog "A Casa de Sarto".
    El cúmulo de necedades en que incurre esta señora (o señorita) es increíble, pero acusar a Chesterton de "ideología de género" sólo lo puede decir quien vive instalada en la utopía, la acronía y en la atopía. La "ideología de género" es un fenómeno post-marxista, que emerge como tal como un derivado (uno más) de la escuela de Frankfurt. Poco posible para alguien que murió en 1936, como Chesterton. Típico de Bluesmile, que explica todo en los eslóganes paupérrimos que demuestra en sus escritos, ella sí que está imbuida de la ideología de género (sic) y que incapaz de reconocer no ya lo que dice el otro, sino la realidad misma, intenta imponer sus apriorismos ideologizados a la propia realidad.
    Pocos libros tan desveladores acerca de la naturaleza como el de Jesús Trillo-Figueroa titulado "La ideología de género" (publicado por Libros Libres).
    Como colaborador de esta bitácora le sugiero que cierre todos los posts de esta mujer, que a modo de mosca cojonera o tábano impertinente, no hace sino crear ruido basado en su la propia bazofia mental en la que vive. Miles y un servidor hace tiempo que tuvimos que banearle de A Casa de Sarto, como le dije. No aporta nada y genera un debate patético, como el que Vd ha tenido que sostener con una paciencia infinita.
    Créame, querido Manuel, que no tengo apriorismos contra las feministas por tales. De hecho reconozco que he encontrado e incorporado a mi propio pensamiento no pocas ideas que aprendí de la corriente feminista libertaria norteamericana, una de las más sensatas, y con la que comulgo en materias de política de empleo para las mujeres o sobre la pornografía.
    En la España carlista y tradicional el voto no era asignado a la persona, sino a la familia. Como debe ser, porque en una estructura orgánica social, política y económica (la distributista, por ejemplo), la unidad básica social es la familia, no la persona individual y atomizada. Y creo que Chesterton, que era apasionado lector de Cobbett, iba por esta línea.
    Habla Bluesmile de Bowlby. Más le valdría exponer algo con argumentos, y no divagar patéticamente, diciendo medias verdades mediocremente digeridas. Los estudios de Bowlby son primordialmente con humanos, con poca o nula referencia al comportamiento animal. En este sentido esta señora (o señorita) podría beneficiarse de una introducción sencilla a Bowlby (John Bowlby & Attachment Theory, de Jeremy Holmes y publicado por Routledge). Con todo Bowlby está superado. En parejas de humanos estables hay picos hormonales en el varón cuando nace el bebé, que favorecen el apego, así como un funcionamiento distinto de redes neuronales por la parentalidad. Y hay factores neurobiológicos (no sólo hormonales) favorecedores del apego ya en estadios muy precoces del embarazo. Como ya ha señalado Alma peregrina, y muy paciente también, comparar en parámetros biológicos mensurables el impacto de la maternidad con la paternidad es ridículo. Y en sus referencias al hombre, ¿qué quiere decir Bluesmile? Porque se pierde y resulta difícil seguirle el hilo. ¿Quiere decir que también es necesario el padre? ¡Gracias, Sonrisa triste! Sí, el padre es necesario también. Muy necesario de hecho.
    Ese constructivismo (o deconstructivismo) comportamental tan caro a esta señora (o señorita) de sonrisa triste está siendo cada vez más criticado y cuestionado. Y nada menos que desde la neurobiología.

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  17. Bluesmile deriva no hacia un feminismo serio (del que personalmente discreparía en no pocas cosas), pero serio a fin de cuentas. Ella no es feminista, sino hembrista. Y torpe.
    Luego esta señora (o señorita) deriva hacia su permanente monólogo. El que aboga por el Sacerdocio femenino en otras bitácoras y otras herejías semejantes. ¿Pero quién ha negado aquí que la mujer no tenga acceso a la esfera pública o a la educación superior? Que no nos vengan con cuentos cuando en nuestra tradición hispánica tenemos una sucesión enorme de Reinas con niveles de estudio y conocimiento que harían padecer a muchos modernos poseedores de dos y tres doctorados. O monjas. O Santas. Lo que aquí se dice, y Chesterton afirma, es que la mujer está excepcionalmente dotada para esa crianza de los hijos en edad temprana (empezando por la lactancia materna). Y eso, que es bueno para los niños, en vez de tanta guardería y tanta porquería, debería favorecerse. En el caso de la mujer trabajadora, con flexibilidades laborales y posibilidad de trabajo a tiempo parcial.
    Eso, en el liberalismo moderno y ultracapitalista, cuyo único fin es la eficiencia de la máquina, no se da. Ni se puede dar. Porque ese mismo liberalismo es radicalmente, en cuanto que de raíz, anti-familia. Liberación femenina no es ir a trabajar como los hombres. Liberación femenina es que la mujer pueda trabajar siendo respetada en su condición femenina que es, Chesterton dixit, primariamente la de madre.
    No es ningún desdoro ser madre. De hecho es un oficio mucho más noble criar y educar hijos en la virtud, y llevándolos hacia Dios, que salir a la "esfera pública" a ganarse el pan en condiciones a veces tremendas.
    Pero, por favor, Manuel, líbrenos de Bluesmile. So pena de querer abocar a los varios autores de este blog a la misoginia más recalcitrante. Muchas de nuestras mujeres, ejemplo de feminidad donde las haya, ante las que sólo cabe descubrirse y honrarlas por ello, no se merecen esto.
    Se lo ruego encarecida y humildemente.
    Un cordial saludo e grande abraço,

    Rafael Castela Santos

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  18. Caro Rafael, tem toda a razão. Tudo isto já começa a roçar o inútil. Deveu-se esta situação não à minha paciência mas a uma dose de ingenuidade tremenda, pelo qual peço desculpa aos restantes membros do blogue.

    A sua resposta é conclusiva e encerra toda a discussão sobre este problema. Daqui em diante a política do blogue para com este tipo de discussões estéreis será mais rígida.

    Um cordial abraço,

    Manuel.

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