7 de abril de 2011

Distributismo e Fascismo

Governo mínimo, estável, competente e eficiente. Uma sociedade empenhada num compromisso social entre as diferentes classes e grupos. Harmonia, em vez de luta de classes. Um Estado cujos limites se situam na história e na dinâmica cultural e religiosa da Sociedade em que se insere. Um Estado constituído por comunidades vivas, fortes e pequenas. Diversidade na Unidade.

Isto é o Distributismo.

Nada mais distante pode existir do Nacional-Socialismo e do Fascismo - Estatismo Nacionalista. O Estado Gigantesco, a ditadura da Secretaria, a Economia constrangida pelos ditames de uns reguladores sem escrúpulos. O freio total da liberdade produtiva - um novo pombalismo. A Sociedade relegada para os planos de produção quinquenal de um Ministério da Propaganda. Mega-cidades e um tipo genético estipulado de cidadão de confiança - o desprezo da realidade histórica e a destruição da diversidade, em nome de uma ideia de história nacionalista criada pelos ideólogos do regime. Uniformismo e Homogeneidade.

O Distributismo é um exercício de memória, de uma época em que o Leviatã era ainda um perigo distante. O Nacionalismo Económico é o filho predilecto da Revolução Francesa - o aborto demoníaco de uma época de decadência.
For the authoritarian nationalist conception of the State represents something essentially new. In it the French Revolution is superseded. (...) We have modernized and ennobled the concept of democracy. With us it means definitely the rule of the people, in accordance with its origin. We have given the principle of Socialism a new meaning. ... Never have we left anyone in doubt that National-Socialism is not for export. ... We do not aim at world domination, but we do intend to defend our country, and it is our new conceptions which give us the inexhaustible and ever-renewed strength to do so. ...
Las tres hipóstasis del egoísmo son: el individualismo, el nacionalismo, el colectivismo.
La trinidad democrática.
Nicolás Gómes Dávila

3 comentários:

  1. Caro amigo


    O distributismo é uma filosofia económica que não implica "per se" vínculos, nem ausência deles, a nenhuma ideologias política, ou corrente filosófica que se aplique no campo moral. A sua origem é católica e o enquadramento histórico é eminentemente conservador, mas nada há a apontar ao Distributismo em termos de julgamento histórico e moral. Daí que não entendo qualquer equívoco que possa haver com o Fascismo ou o Nacional-Socialismo, ou o Marxismo-Leninismo, que justifique uma comparação que tenha por fim a demarcação em relação a estas ideologias. Comparar aquilo que se encontra em enquadramentos diferentes na ciência política apenas faz sentido quando há uma necessidade de marcar posição. Creio que o caso aqui não se aplica. Pois quem se equivocar quanto a esses conceitos políticos, pouco tempo e disponibilidade terá para andar enganado...

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  2. Existe o problema da organização corporativista da sociedade, que é um modelo que pode parecer comum ao fascismo e ao distributismo.

    A partir daí há a necessidade de diferenciar uma corporação orgânica de uma utilitária.

    E parece-me, caro Félix, que esta confusão é algo mais difundida do que podemos pensar...

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  3. A demarcação torna-se necessária quando o próprio nome do distributismo é tomado refém de corporativismos nacionalistas como, por exemplo, o russo, defendido por Putin e pelo seu cérebro, Alexandr Dugin.

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